26 de setembro, Dia Nacional do Surdo. Dia de celebrar as lutas e meditar sobre o luto. Luta pelo reconhecimento da diferença, em sua acepção radical, para além de discursos caridosos, tolerantes e paternalistas. Luta pela valorização das identidades, culturas e comunidades surdas. Luta pelos direitos do povo surdo, em toda a sua diversidade: direito à acessibilidade; direito a escolas e salas bilíngues-biculturais; direito à participação – ativa – na vida pública (e política) das cidades; direito a uma língua, tão rica e complexa como outras, promovida e divulgada. E se a luta é festejo, luto é o meditar sobre as práticas e discursos que apequenam, subjugam e afirmam a surdez sob a perspectiva única da falta, da deficiência e da reabilitação: luto pelas crianças surdas, pequeninas, que não podem escolher outra língua senão a oral; luto pela educação precária, inclusivista e ouvintizadora, oferecida como redentora; luto pela obscuridade em que pretendem deixar uma cultura das mais ricas; luto por todas as formas de apagamento cultural e de normalização do que é diferente. Que o luto não seja triste, mas consciente, como um momento – sobretudo belo – para se refletir, desnaturalizar, desvelar, resistir e agir contra “forças” que querem, mas não conseguem, calar os gestos das comunidades surdas. Luto e luta, em um dia para revermos com cuidado a longa trajetória (feita e ainda por vir) do povo surdo. Luta e luto – e o desejo (deste site) de muita força para cada punho que se ergue e desafia o silêncio. Um “Dia do Surdo” proveitoso para cada um de nós.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Voce sabia quando era o dia nacional do surdo?
DIA NACIONAL DO SURDO
26 de setembro, Dia Nacional do Surdo. Dia de celebrar as lutas e meditar sobre o luto. Luta pelo reconhecimento da diferença, em sua acepção radical, para além de discursos caridosos, tolerantes e paternalistas. Luta pela valorização das identidades, culturas e comunidades surdas. Luta pelos direitos do povo surdo, em toda a sua diversidade: direito à acessibilidade; direito a escolas e salas bilíngues-biculturais; direito à participação – ativa – na vida pública (e política) das cidades; direito a uma língua, tão rica e complexa como outras, promovida e divulgada. E se a luta é festejo, luto é o meditar sobre as práticas e discursos que apequenam, subjugam e afirmam a surdez sob a perspectiva única da falta, da deficiência e da reabilitação: luto pelas crianças surdas, pequeninas, que não podem escolher outra língua senão a oral; luto pela educação precária, inclusivista e ouvintizadora, oferecida como redentora; luto pela obscuridade em que pretendem deixar uma cultura das mais ricas; luto por todas as formas de apagamento cultural e de normalização do que é diferente. Que o luto não seja triste, mas consciente, como um momento – sobretudo belo – para se refletir, desnaturalizar, desvelar, resistir e agir contra “forças” que querem, mas não conseguem, calar os gestos das comunidades surdas. Luto e luta, em um dia para revermos com cuidado a longa trajetória (feita e ainda por vir) do povo surdo. Luta e luto – e o desejo (deste site) de muita força para cada punho que se ergue e desafia o silêncio. Um “Dia do Surdo” proveitoso para cada um de nós.
26 de setembro, Dia Nacional do Surdo. Dia de celebrar as lutas e meditar sobre o luto. Luta pelo reconhecimento da diferença, em sua acepção radical, para além de discursos caridosos, tolerantes e paternalistas. Luta pela valorização das identidades, culturas e comunidades surdas. Luta pelos direitos do povo surdo, em toda a sua diversidade: direito à acessibilidade; direito a escolas e salas bilíngues-biculturais; direito à participação – ativa – na vida pública (e política) das cidades; direito a uma língua, tão rica e complexa como outras, promovida e divulgada. E se a luta é festejo, luto é o meditar sobre as práticas e discursos que apequenam, subjugam e afirmam a surdez sob a perspectiva única da falta, da deficiência e da reabilitação: luto pelas crianças surdas, pequeninas, que não podem escolher outra língua senão a oral; luto pela educação precária, inclusivista e ouvintizadora, oferecida como redentora; luto pela obscuridade em que pretendem deixar uma cultura das mais ricas; luto por todas as formas de apagamento cultural e de normalização do que é diferente. Que o luto não seja triste, mas consciente, como um momento – sobretudo belo – para se refletir, desnaturalizar, desvelar, resistir e agir contra “forças” que querem, mas não conseguem, calar os gestos das comunidades surdas. Luto e luta, em um dia para revermos com cuidado a longa trajetória (feita e ainda por vir) do povo surdo. Luta e luto – e o desejo (deste site) de muita força para cada punho que se ergue e desafia o silêncio. Um “Dia do Surdo” proveitoso para cada um de nós.
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